segunda-feira, maio 30, 2005

"Rock era coisa de empregada"

O jornalista Ricardo Alexandre, autor do fundamental Dias de luta, alentado passeio pelos (des)caminhos do rock brasileiro dos anos 80, parece que está mesmo a todo vapor na Editora Abril. Depois de coordenar o projeto em quatro volumes História do Rock Brasileiro sob o selo da Super Interessante, um sucesso editorial - não sei se de vendas - o rapaz conseguiu ressuscitar a boa e velha Bizz. Não a revista mensal, que formou gerações de rockers brazucas ao longo de 17 anos de rica trajetória, mas edições especiais, que, se não preenchem a lacuna da necessária veiculação de noticias frescas de rock, pelo menos ajuda a formar novas gerações de sabidinhos, contando a história do estilo. Assim, R.A. e a nova Bizz, sempre contando com estelares participações especiais, vem lançando edições especiais supimpas como As 100 Maiores Capas de Todos os Tempos, a História do Rock (em 5 volumes) e a aguardada coleção Classic Albuns, em parceria com a ST2, já devidamente comentada no post sobre Pink Floyd aqui embaixo. A História do Rock Brasileiro, por sinal, voltou em edição especial reunindo os 4 volumes dentro de uma embalagem de papelão meio vagabunda. Custa R$30 e é uma boa pechincha, visto que separadamente, custavam R$12,95. Chato para quem comprou antes um por um, como estou fazendo agora com a História do Rock (já nas bancas o volume 2, com Beatles na capa), coisa da qual tenho certeza que vou me arrepender depois.

A propósito, estava lendo o volume dois da História do Rock Brasileiro, com Raul na capa, e nela me deparei com uma entrevista do próprio (publicada na Bizz de maio de 1986) da qual, a seguir, reproduzo um trecho assaz interessante ipsis literis.

"Qual era a visão do povo em relação ao rock?

Raul Seixas > A bossa nova surgiu com o chá chá chá, e o rock n` roll, com uma influência do calipso. Era chique tocar bossa nova e o chá chá chá era permitido. Com o rock era outra história: eu tinha de ir até o clube das empregadas para dançar com elas. A empregada lá de casa era minha fã. Chegou uma vez para minha mãe e disse que tinha dançado comigo. Minha mãe quase morreu... E eu ia dançar também com o pessoal da TR, uma transportadora de lixo. Era a moçada que curtia rock. Não se falava disso na sociedade. Rock era coisa de empregada. Lembro que a gente tocava num lugar chamado Cinema Roma - era o templo do rock. E no Teatro Vila Velha se apresentavam os intelectuais: Caetano, Gil, Tom Zé, Maria Bethânia, que faziam bossa nova.

Você era marginalizado por isso?

Raul Seixas > Se era, freqüentava o Iate (Clube) e o (Baiano de) Tênis, que eram os clubes mais metidos a besta de Salvador. Chegava de camisa vermelha, com a gola levantada e ficava num canto tomando cuba-libre enquanto os outros dançavam. Mas não me importava, me achava importante, tipo 'tô revolucionando tudo'."


Opa, opa. Antes de prosseguirmos, é bom dar uma parada (do verbo parar, seu junkie), para respirar fundo, coçar a cabeça e perguntar: como assim, cara? Rock era coisa de empregada?

É muito engraçado isso, por que o que era então considerado som de intelectual (Caetano & cia) hoje se esforça para se aproximar cada vez mais das camadas mais humildes da sociedade, até mesmo regravando clássicos brega como aquelas músicas do Peninha, abordando o forró e o reggae (Gil) e regurgitando o Rei ad nauseam (Bethânia). Enfim, fazendo de tudo para vender muito. Já o rock, um estilo de movimento amplo demais para ser apontado em uma única direção, só encontra o caminho do povão no rock adolescente estúpido, machista, consumista e pasteurizado (Charlie Brown, Detonautas, CPM 22 e similares).

Reflitamos: qual a diferença entre uma letra do CPM ou do Detonautas e uma do Chitãozinho & Chororó? Ou melhor, qual a diferença entre uma música desses primeiros e outra de qualquer dupla sertaneja vagabunda? Tirando o grau de distorção das guitarras e o número de tatuagens, rigorosamente nenhuma.

O rock brasileiro que chega às massas adolescentes hoje em dia é tão careta, pobre, boçal e babaca quanto qualquer pagode, axé ou sertanejo. Tatuagens demais, idéias de menos. Piercings em demasia e defasagem de reais atitudes criativas. O rock mainstream foi envenenado, formatado, ensacado e colocado na prateleira do supermercado, distribuído em brindes da Coca-Cola, Fanta e Kuat, vendidos em ringtones para celular. Tudo o que a gente temia. E nada disso é segredo para ninguém. Não faço aqui nenhuma revelação bombástica. Isso para não mencionar o amplo espaço perdido no imaginário jovem para o hip-hop, cujos representantes mais bundões e aplayboyzados são exatamente os que fazem mais sucesso. Quanto mais músculos, tatuagens, carrões, armas, jóias, roupas de griffe, mansões, vagabundas, boçalidade e arrogância, melhor.

Nada contra músculos, carrões, jóias etc. Mas pelo visto, isso virou o fim, a meta a ser perseguida a qualquer custo. A música? Ora, quem está preocupado com isso?

O que me incomoda é: onde, afinal, foi parar a inteligência adulta do rock nacional mainstream? Onde está a ironia bem humorada de um Roger do Ultraje, a acidez punk de um Marcelo Nova, a intuição genial do próprio Raulzito, a poesia urbana de Cazuzas e Renatos, a crônica social divertida de um Léo Jaime, a agressividade doce de um Lobão? Até mesmo, e eu nunca pensei que diria isso, mas já que estamos falando de alcance popular, onde estão os hitmakers pop certeiros como Lulu Santos e Herbert Vianna? Se acabaram?

O que foi feito de tudo isso? Ninguém deixou herdeiros? (Eu disse herdeiros, não apadrinhados.)

Não me entendam como um daqueles coroas naquele velho papo de que "no meu tempo é que era bom". Longe disso. Meu tempo é agora. Vejo muita coisa bacana nos cenários rock nacional e local. Mas o rock dos anos 00 não fala mais a língua do povo. É coisa de moleques classe média, média-alta, universitários, jornalistas, gente que fala inglês e tem acesso à internet e à informação especializada, dirigida à porções ínfimas de público, como este blog. Você não vê mais taxeiros, caixas de supermercado e empregadas domésticas cantarolando sucessos do rock nacional, como se via na década de 80. Ali, o rock estava não apenas do lado seu público alvo primário (os jovens), mas também estava, efetivamente, nas ruas, na boca do povão.

Por que esse movimento não teve continuidade?

Bom, pelo menos duas coisas sabemos com certeza. No fim da década de 80, (1) o rock nacional estava em entressafra (ressaca, mesmo) criativa e (2) os empresários do meio artístico estavam em altas armações, como os estouros em seqüência da lambada, do sertanejo, da axé music e do pagode. Não fossem Skank, Raimundos e Mamonas Assassinas, a primeira metade da década de 90 praticamente não veria a cara da música jovem brasileira no mainstream. Junte a isso uma recessão econômica fudida e o advento do senhor Fernando Collor, e teremos o receituário do desmantelamento do cena pop rock brasileira com apelo popular.

Enfim: em que ponto o rock errou? Em que ponto ele perdeu o contato com o povão? Até que ponto a culpa foi nossa e até que ponto foi deles (os donos do poder, manipuladores da cultura oficial e da opinião pública)?

Esse assunto, espero, não morre aqui. Na verdade, ele está continuando. As respostas à essas perguntas do parágrafo anterior ainda serão conhecidas - algumas já o são, claro. Outras surgirão com o tempo. Aqui, ali, e sabe lá onde mais.

NOTÓRIAS RÁPIDÓRIAS

WANTED - Chegou às bancas Wanted: Procurado, do mega insano escocês Mark Millar, (autor de Os Supremos, excelente reformulação dos Vingadores para a linha Ultimate Marvel). Wanted é uma minissérie em três edições publicada pela Dark Horse nos EUA (Mythos aqui no Brasil) que conta a história de Wesley Gibson, um mané loser white trash total que descobre ser filho do maior supervilão de todos os tempos. Quando o pai que ele nem sabia existir morre assassinado, toda a sua fortuna reverte para Wesley, bem como seus poderes, inimigos etc. Millar é da escola Grant Morrison (Os Invisíveis, Novos X-Men): portanto, loucura pouca é bobagem. Muitas referências escondidas para nerds caçarem em toda parte, conceitos absurdos, ação cinematográfica. O primeiro número (salgados R$7,50) é bem divertido e tá nas bancas.

DARTH ATACA - Ladrões espertos se aproveitaram das estréias do Episódio 3 nos EUA para assaltar no meio da multidão de gente fantasiada de personagens da série Star Wars. O cara se veste de Darth Vader, chega no caixa e diz: me passa toda a grana, seu jedi sujo! No meio de um monte de Leias, clone troopers, wookies e jedis diversos, quem vai notar um assalto de verdade? Leiam aqui.

MORRISON VIVE - Ou não. Mas tem gente no Oregon que jura que Jim Morrison apareceu em alguns rodeios realizados no sul do estado em 1998. O A Current Affair, programa de TV que veiculou a notícia ainda entrevistou Cherry Woods, proprietária do prédio em que Jim Morrison morou em Hollywood antes de se mudar para Paris. Cherry disse ter uma papelada com documentos e informações, incluindo a suposta nova identidade que o FBI teria dado ao ex-líder do Doors. Putz. Deixa o homem descansar em paz, seus malas. Essa notícia foi pescada do site da Dynamite, mas eu perdi o link específico. Vai lá e procura direitinho que cê acha.

BIG LOBO STRIKES AGAIN - Lobão vai lançar disco novo pela sua revista Outra Coisa, que aliás, também passará a ser produzida em Portugal, por jornalistas portugueses. Bacana. Peço licença à rapaziada da Championship Vynil para reproduzir aqui trechos da entrevista que o cantor e provocador profissional deu ao O Globo, pescados direto daquele estimado blog. Sintam só a categoria de boxeador do rapaz.

"Meu disco é um manifesto antitropicalista. Fico chocado ao ver que, no ano do Brasil na França, quem nos representa é Carlinhos Brown, Ivete Sangalo, Caetano. Esse povo não me representa. A idéia que fazem da gente é de uma coisa primitiva, singela. O que se faz na música brasileira há muito tempo é anódino e paumolescente como a bossa nova e a lounge, que são músicas de elevador. É música católica culpada, que faz elegia à singeleza da pobreza. É Gente humilde, Meu guri e Construção, um rococó barroco de proparoxítonas ao luar. Quero dizer que não nos tornaremos uma micareta constante."

"Vivemos o imperativo do gosto europeu. Mas ninguém mais rebola bossa nova em Copacabana. Ninguém vai dizer com tom professoral o que eu sou. Bebel Gilberto é um amor, canta bem, mas o que ela faz é um lixo. Maria Rita é o eterno retorno do mesmo. Este ano, o mercado independente já lançou mais de 300 CDs. Quantos a Universal lançou? É uma ditadura pior que a dos anos 60, quando se torturava e se matava. Hoje o mundo é cor-de-rosa e o mal, impalpável."

Depois dessas, realmente, não dá para escrever mais nada. Fico até envergonhado. Té mais, gente.

25 comentários:

Anônimo disse...

Fiquei curioso para ver esse disco do Lobão. Se ele conseguir reproduzir na música toda a rebeldia e violência que usa nas suas palavras "antitropicalistas", será um puta disco.
E sobre os caminhos do Rock, não sei explicar por que as coisas tomaram esse rumo. Mas muitos dos próprios roqueiros fazem questão de ver o rock como algo "superior", "intelectualizado", "cult" e assim se afastar do povão. Rock é diversão, só isso.

osvaldo disse...

Blz de texto Chico, direto ao ponto, muito bem colocado.Vc leu então Dias de Luta?é uma discussão que há tempos estava querendo ter.Meu livro tá mão de
Mario Jorge até hoje,ô Mario cd vc rapaz? O lance de Lobão eu deixei meu comment lá no champ vynil, mas volto aos os dois assuntos depois com mais calma .

Franchico disse...

claro que li o Dias de luta: vc me emprestou, seu tonto! ;-) Como diria Roger Moreira, "recomendo".

Anônimo disse...

de lobão eu só me lembro do rock in rio com a mangueira ...tomando ovada...marqueteiro.
o dias de luta só mais 38 dias brahma ...por favor.
o rock BR do inicio dos 90 cantando em ingles...se elitizando,fudeu tudo.
mario

Nei Bahia disse...

Vocês já estão bem grandinhos pra acreditar em Papai Noel, ainda acreditam na rebeldia de lobão?
Pergunte a Wander Wildner o calote que ele tomou!!
Rebeldia com o dinheiro dos outros é legal!!



Obs: essa saudade da Bizz ainda mata
um!

cebola disse...

agradeço sim, a bizz, por uma baRREIRA DE COISAS QUE CONHECI NOS 80 e que gosto até hoje, entre elas o objeto de meu novo post lá no clashcityrockers. Nao fosse por ela e era capaz de eu até ter admitido o van halen na minha discografia.

cebola disse...

pensando bem, acho que aí já é demais...

Anônimo disse...

Barry - www.champvinyl.blogger.com.br

Valeu a dica, Chico. Vou procurar 'Wanted'. Eu estava acompanhando 'Os Supremos' e achava louca a reformulação que o Mark Millar fez; simplesmente sensacional. Podia até substituir, oficialmente, o conceito de alguns personagens originais (principalmente, o Capitão América). Também gostaria de saber se você já leu o volume II da 'Liga Extraordinária', do não menos genial Alan Moore? Eu achei hilária; espero que não voltem a estragá-la fazendo uma nova adaptação desastrosa para o cinema. Outra coisa: lembra que, certa vez, você escreveu um guia sobre Neil Young a meu pedido, porque era raro encontrar uma coletânea introdutória para o cara? Pois é, eis que eu anda rolando um Greatest Hits do homem, à venda em qualquer loja. Deve ter sido o efeito "Rock Loco" sobre as grandes gravadoras... só espero que ajude a popularizar a sua obra. E, só pra terminar, gostaria de alertar que você escreveu o nome do nosso blog errado, cara. O correto é Championship V-I-N-Y-L mas, dessa vez, tá perdoado.

osvaldo disse...

vamo lá. O Dias de Luta é, na minha opinião, o melhor relato e analise sobre o rock brasileiro já feito. Talvez da minha parte exista uma memoria sentimental associada a epoca, mas o fato é que, foi a unica epoca que o rock foi hegemonico na juventude brasileira. Explico, nos 60 a jovem guarda era popular(ainda não era brega) e não era considerada de "bom gosto", era de bom tom a bossa nova e a MBP(então no seu auge criativo).Nos 70, a popularidade da jovem guarda nas camadas populares resultou no que chamam de musica brega( em breve um post de Paquito sobre o assunto), e a outrora contestadora MPB(bossa nova, tropicalia e afins)se tornou integrante do establishment que tanto combatia.O rock no Brasil nos 70 e"era coisa de bandido".Desde de muito garoto(12,13 anos) comecei a ir a shows, e me lembro de ter visto raul na Concha Acustica e só tinha maluco, o local era uma nuvem de fumaça, e a barra era pesada, com os home arrastando os "ripi" pelos cabelos. E o rock refletia está postura meio udigrudi, extirpado do mundo real, dos tempos modernos, onde se percebia que existia no ar um clima de urgencia.
Os 80 no Brasil recebeu o impacto do punk, e o rock no Brasil percebeu que aquele era a chance de capturar o momento, e inserir de vez o rock( a musica que melhor reflete os tempos em que vivemos, até hoje) no país do samba e do bolero.Quem já era do rock se esbaldou, e outras pessoas quue não eram aderiram e gostaram.Foi uma festa.Mas, como dizia Prince em 1999, toda festa tem seu fim.Dias de luta conta esta e varias outras historias do Rock Brasil.Leitura obrigatória.

Franchico disse...

Barry, prazer reve-lo por aqui e antes de tudo, mil perdões pelo erro crasso no nome do seu blog. Certamente, não mais se repetirá.
Wanted, pelo que andei acompanhando na imprensa especializada, começa muito bem e fica meio chinfrim mais pro final, mas vamos acompanhar que o homem (Millar) é do mal, no bom sentido. O volume 2 da Liga Extraordinária, lançada pela Devir, nunca chegou em terras baianas. Infelizmente. Caso contrário, já o teria adquirido. Mas vou ficar atento para ela.
Cebola, meu caro, não me decepcione. Ainda que odiados pelas hordas indies e ignorados pela garotada de preto, os primeiros discos do Van Halen são uma verdadeira celebração rock `n roll de primeiríssima qualidade. Recomendo o Van Halen I, II e tb o Diver Down, que conta com covers de rachar o assoalho de Pretty Woman (Roy O) e Dancing in the streets (Martha and The Vandellas), além de porradas inequívocas como Full bug e a hilária Happy trails. Aliás, recomendo qualquer um com Dave Lee Roth, todos são bacanas. Eu AMO o Van Halen. Mas só até 1984, claro. Sammy Hagar não há quem aguente. Borel, inclusive, costumava dizer que Dave Lee Roth era o maior showman do rock depois de Little Richard. E Eddie é Eddie. O resto é masturbação sem brilho, sem graça, sem nada. Vamos deixar de preconceito? (Olha quem tá falando...)

Anônimo disse...

cebola tem problemas sérios com o van halen desde a demais, os caras incorporaram no hard rock o jeito californiano de ser...alegria, festa, bebidas e mulheres...hedonismo de quem quer muito se divertir e tocar rock direto...gosto muito dos seis primeiros álbuns (até o 1984)...dave era demais...masmo com aquele jeito bichona, mas muito divertido... depois não dá né, só nei bahia (com todo respeito)...agora, cebola não gosta do van halen e despreza os toques de kinks, led, black oak kansas e outros...hard/heavy de primeira na linha de frente dos 70/80...eddie é demais!
cebola, escolha outro alvo e deixe a primeira formação do van halen em paz
Cláudio

Anônimo disse...

ERRATA - cebola tem problemas sérios com o van halen desde adolescência, os caras incorporaram no hard rock o jeito californiano de ser...alegria, festa, bebidas e mulheres...hedonismo de quem quer muito se divertir e tocar rock direto...gosto muito dos seis primeiros álbuns (até o 1984)...dave era demais...masmo com aquele jeito bichona, mas muito divertido... depois não dá né, só nei bahia (com todo respeito)...agora, cebola não gosta do van halen e despreza os toques de kinks, led, black oak kansas e outros...hard/heavy de primeira na linha de frente dos 70/80...eddie é demais!
cebola, escolha outro alvo e deixe a primeira formação do van halen em paz
Cláudio

cebola disse...

intão tá.

Luciano Matos disse...

Nem li tudo, mas parei no meio porque minha memória é um lixo e tô sem muito tempo, mas queria dizer umas coisas. Acho que o rock no Brasi vive ciclos. Sai e entra na moda. Po, Raimundos fez sucesso hiper popular, Mamonas e Skank também, como você disse, mas teve também Los Hermanos, além de outras bandas que também fizeram sucesso, a maioria ruim, tudo bem. Lembro também que no começo dos 90 todo mundo ouvia Nirvana e Red Hot, acho também que estamos na porta de uma nova moda do rock. E vai ser sempre assim. Vai e volta, só que acho que cada vez mais de forma menos grandiosa, porque hoje nada, nem pagode, nem axé, nem sertanejo, nem rock manda no mercado, eles está aberto, não tem uam coisa que todo mundo esteja ouvindo. E isso é otimo.

Anônimo disse...

ah, chico eu AMO O DIVER DOWN...faz parte da minha iniciação no rock e até hoje me arrepio com aquela sonoridade, covers e desprendimento total...rock cinco estrelas desprezado pelos atuais reis da mídia, dos moderninhos de plantão e até pelas hordas de cabeludos de mente fechada...pretty woman!!!!AAAAAAAUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!!!
Cláudio

Anônimo disse...

ah, chico eu AMO O DIVER DOWN...faz parte da minha iniciação no rock e até hoje me arrepio com aquela sonoridade, covers e desprendimento total...rock cinco estrelas desprezado pelos atuais reis da mídia, dos moderninhos de plantão e até pelas hordas de cabeludos de mente fechada...pretty woman!!!!AAAAAAAUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!!!
Cláudio

Anônimo disse...

o espírito verdadeiro do rock é esse propagandeado pelo raulzito...sempre odiei qualquer ranço elitista...é incrível, mas o rock brazuca em evidência na atualidade reflete as ondas de certo espectro da juventude que se levanta para curtir uma "pretensa música visceral", mas que é infantilóide e cheia de verniz, mas com pouco conteúdo humanístico...o hit parade do rock nacional reflete a cara do público que lhe dá sustentação e a indústria que o cooptou só faz inflamar o fenômeno...vivemos dentro de uma lógica capitalista de uma sociedade de economia periférica...a cena indenpendente para o rock brazuca e outros gêneros luta para criar novos paradigmas há mais de 25 anos...os donos da mídia são os donos do poder econômico...tenho profunda aversão pelas bandas atuais citadas aí..um equívoco artístico total numa época maqueada pelo esvaziamento existencial
Cláudio

Anônimo disse...

Sid Vicious,


hj, quinta, vai tocar o disco novo do lobobão. No rockloco, 103.5, é claro...

sora

osvaldo disse...

Chico, rock no Brasil nunca foi consumido pela elite.A unica exceção foi o rock brasil dos 80.Até mesmo a jovem guarda no seu auge era considerada brega.Só nos 80 motorista de taxi cantarolava a tal da musica rock.Vc se pergunta o que aconteceu e a melhor explicação , pra mim, tá la no Dias de Luta, houve uma serie de situações conspirando a favor, do fimda ditadura militar no país a uma maior abertura nas radios, passando por uma geração extremamente talentosa, com um texto genial. e o rock hj não é coisa da elite de uma maneira geral, acho que foi Pedro Só numas destas Bizz sobre o rock Brasil que disse que o rock foi empurrado para uma minoria da classe media localizada na periferia das grandes cidades.o rock , de uma maneira geral, continua não sendo de "bom tom", só quando uma banda ou outra estoura a elite e o povão consomem.Alias vc já notou como no Brasil a elite e o povão tem o mesmo mau gosto musical? quanto a Lobão, independente das merdas que ele fala, ele tá fazendo, com a revista outra coisa, criando alternativas, então ele fala e faz. E só em questionar esses medalhões acomodados e encastelados na elite cultural brasileira ele já merece aplausos. e pra finalizar o Van Halen era uma merda.

Anônimo disse...

Sora,
não li a tempo seu comment.
Além disso, aqui em casa eu não consigo sintonizar a rádio do programa, infelizmente.
Mas valeu pela intenção, obrigado.

Anônimo disse...

discordo de vc osvaldo, o van halen (primeira formação) pode não ter sido nenhum cactus da vida,mas que deu sua boa contribuição ao rock deu sim...é uma coisa além da questão de gosto pessoal...esqueça que era uma banda ouvida por jogadores de futebol americano e surfistas da california e seu tom bem hedonista, os caras fizeram bons álbuns entre 77 e 84...é difícil elogiar a fase sammy, mas é impossível tirar o brilho de diver down,I e II...Cláudio

Anônimo disse...

é difícilelogiar uma banda de rock que não tem aura de intelectual e modernosa e tão arena como eles, mas EU GOSTO...até porque inauguram uma estética dentro do hard rock que deu naqueles monte de bandas idiotas da Califórnia nos 80, mas eles foram pioneiros e fizeram com verdade e talento
Cláudio

Franchico disse...

pois é, Bramis, o que me incomoda e que o rock teve a faca e o queijo na mão naqueles dias de luta e, depois de alguns anos na crista da onda, caiu na semi-marginalidade de novo. O que é bom e ruim ao mesmo tempo. Afinal, o rock tb precisa manter a sua fama de mau. Concordo qto ao Lobão, uma voz praticamente solitária que jamais se furta de dizer com todas as letras DO QUE e DE QUEM ele não gosta, coisa raríssima hj em dia na classe artística. Os discos dele são outra história, tb não não sou fã dele como músico, uma ou outra faixa são legais e só. Tava vendo o Jô Soares no Roda Viva essa semana e achei nojenta a forma como ele se recusou terminantemente a falar o que realmente pensa do atual estado de coisas na cultura brasileira. Ficou naquele papo odiento do qual falava Miguel no Clash City: "Ah, tudo é válido, quem sou eu para dizer o que é bom ou que não é", etc. Triste, mais vaselina, impossível. Caixão e vela pra Jô Soares. Quanto ao Van Halen, mantenho tudo o que disse acima e também assino embaixo de tudo o que Cláudio Esc disse tb. Normal, tem tanta banda que nego fala bem que tb não gosto...

Anônimo disse...

pô jô é vaselina pra caramba...soube uma vez de uma história que marcelo teria ido no seu programa com raul e falou nome de diretor da som livre que teria presisonado o camisa pra mudar de nome porque era agressivo...o cara limou isso da edição final...eu não me engano com esses liberais da mídia televisiva...NEVER!
Cláudio

Arlindo Cirino disse...

Lembro da entrevista do Wander Wilder falando desse calote. Se não me engano, foi na TVE do RJ.