quarta-feira, junho 29, 2005

DO PÓ VIESTE

Post rápido, só para mostrar um negócio aqui procês. Leiam isso:

Harvest Of Sorrow
- Eu me recuso a esticar uma carreira ao som de Metallica. ? Disse Rodrigo de forma decisiva e guardando o papelote no bolso.
- Qual é, Rod? Eu não vou colocar o Black Álbum. Sempre que escuto Sad But True, eu pego uma onda errada! ? explicou André retirando o Justice for All de uma pilha de vinis.
- Sempre que escuto Metallica eu pego uma onda errada. Coloca o Iron porque esse pó é do bom e eu quero usar ouvindo um metal do bom.
- Lá vem você com o seu homossexualismo latente pelo Bruce Dickson.
- Homossexualismo é não gostar de Bruce Dickson.
- Tá bom, aceita um Slayer?
- Ahrg!
- Porra, ai é foda. Pink Floyd?
- Cara, eu trouxe pó e não LSD.
- Tá bom, Blind Guardian!
- Ah...passei da idade.
- Putz, é mesmo. Acho que vou jogar essa merda fora.
- É melhor.
- Já sei! Vamos colocar o velho Zepellin e resolver o assunto.
- Por que você sempre apela para Led Zepellin?


Não termina aí. Continua no http://viciadocarioca.blogspot.com. Precisa dizer mais? Vão lá!

segunda-feira, junho 27, 2005

Retrato do Rei momentos antes da queda (+ atualizações seu Lúcio urgente e Retros no Jô)

Minha última descoberta musical é um rapaz do sul do Estados Unidos que canta que é uma beleza, além de ser muito carismático e um verdadeiro furacão no palco. Falando sério: descobri um CD ao vivo de Elvis que é simplesmente um desbunde, um negócio de outro mundo. Mas que porra pode ter demais um dos milhões de discos ao vivo que foram lançados do Rei branco do Rock desde que seu corpo baixou à sepultura, quase 30 aos atrás? Simples, vou explicar rapidamente, que o texto hoje é de outra pessoa (e eu tb não tenho escrito muita coisa digna de leitura ultimamente, a bem da verdade). Esse disco chamado An afternoon in the Garden captura Elvis, uma banda (totalmente excelente), uma orquestra e mais dois grupos vocais (um masculino e um feminino) quebrando tudo em Noviorque, no Madison Square Garden, em 1972. A foto da contracapa traduz o show: Elvis, ainda jovial e forte, tão másculo quanto seu macacão azul bebê com apliques em dourado permite, agitando os braços, a face contraída pela emoção. Puro rock 'n' roll (e olha que eu odeio esse clichê, acho brau pra caralho). Para entrar de uma vez no assunto, vou lançar mão de todo o meu inglês de menino amarelo do EBEC para traduzir o excelente texto do encarte, de autoria de Colin Escott (seja lá quem for) para dar à vocês uma idéia do que foi esse show de Elvis em NY cinco anos antes de sua morte, resultado da ciranda de pílulas variadas, drogas, vida sedentária e solitária e hábitos alimentares pouco recomendáveis que se tornou sua vida.

COMO UM PRÍNCIPE DE OUTRO PLANETA

Por Colin Escott.

É difícil saber por que demorou tanto para Elvis tocar em Nova Iorque. Ele já havia estado lá para performances nos programas Ed Sullivan Show, Steve Allen Show e no Dorsey Brothers Stage Show. Ele já havia gravado lá, e também embarcou para a Alemanha do Brooklyn, mas na verdade, o mais popular astro musical da América jamais havia feito um show em sua mais populosa cidade. Isso mudou entre os dias 9 a 11 de junho de 1972, quando Elvis fez quatro shows no Madison Square Garden.

Inicialmente, o Coronel (Tom Parker, empresário de Elvis) queria fazer esse debute novaiorquino no Radio City Music Hall, mas depois se decidiu pelo Garden, muito mais espaçoso. O acompanhamento da mídia era intenso e o Coronel resolveu usar toda aquela publicidade a seu favor. Depois que não conseguiu achar ninguém que pagasse US$120 mil por uma entrevista exclusiva com Elvis, ele agendou uma de suas raríssimas coletivas de imprensa cinco horas antes do primeiro show. Flanqueado por seu pai, Vernon, Elvis foi apresentado à imprensa no Salão Mercury do New York Hilton Hotel. O Coronel gerenciava o evento do solo, distribuindo carteiras-calendário (n. do t.: no original, wallet-calendars) de Elvis e canetas de ponta arredondada azuis e vermelhas com a inscrição "Elvis Now '72" pelas quais - dizia muito envergonhado - costumava cobrar. Elvis estava animadão, pisando de lado nas perguntas sobre cobradores de dívidas e cantores atuais, atribuindo sua energia duradoura à vitamina E e caçoando de brincadeira com a imprensa.

Houve um glorioso burburinho, o qual deve ter feito tudo valer a pena, pelo menos para o Coronel. "Elvis", alguém perguntou, "dizem que no fundo mesmo, você é na verdade, muito tímido e humilde".

"Como assim, tímido?", respondeu Elvis, levantando-se e jogando para trás sua jaqueta azul para revelar um esplendorosamente espalhafatoso cinturão, presente do Hilton de Las Vegas pelo público recorde (n.do t.: no encarte do CD tem uma foto desse exato momento, pena eu não ter scanner, nem tampouco saber postar imagem nessa bagaça procês verem que beleza). Foi parar em todos os jornais da noite. O Coronel sabia que esse tipo de publicidade não se compra.


Tudo agora girava em torno dos tais shows. Eram quatro em três dias. Um na sexta, 9 de junho, dois no sábado 10 e o último no domingo 11. Os ingressos custaram US$5, US$7,50 e US$10 e cada assento já havia sido vendido. Nada de cortesias. George Harrison, John Lennon e Bob Dylan tiveram de pagar como qualquer um. A RCA, claro, capitalizou o máximo de publicidade possível em torno do evento e agendou o lançamento de um álbum nos dias subseqüentes.

Elvis trouxe seu próprio mestre de cerimônias, Al Dvorin, veterano de outras três turnês. Dvorin fez questão de lembrar ao público que as Elvis mercadorias estariam à venda após o show e apresentou o número de abertura, o cômico de Vegas Jackie Kahane. Uma lenta salva de palmas o espantou do palco; sua atuação não funcionara em Nova Iorque. Dvorin trouxe então ao palco os Sweet Inspirations antes do intervalo. A expectativa era grande quando todos voltaram aos seus assentos. As luzes diminuíram e a Joe Gercio Orchestra atacou a opressiva abertura de "Also spracht Zarathustra", de Richard Strauss. Entra um cordão de seguranças de jaqueta vermelha e de repente, Elvis aparece em um macacão azul com apliques de ouro. "Parecia um príncipe de outro planeta", disse o resenhista do New York Times.

Os sopros vagarosamente cederam, revelando os acordes iniciais de "That's all right". Com o tempo original dobrado, ficou claro que esse seria um show de alta energia. "Estou certo de que Elvis nunca cantou tão bem quanto no Madison Square Garden", disse o pianista Glen D. Hardin. "Eu acho que ele raciocinou que na Big Apple os fãs seriam mais exigentes, então ele carregou na energia e o resultado foi poderoso". Os shows concederam tudo pelo qual os fãs de Nova Iorque tanto esperaram durante os 18 anos de carreira profissional de Elvis. Ele mal deu à eles - nem tampouco a si mesmo - chances de respirar entre uma canção e outra. A multidão dançava em seus assentos enquanto Elvis detonava os clássicos dos anos 50, "All shook up", "Teddy bear", "Love me", "Blue suede shoes" e "Hound dog", misturadas aos hits recentes "An American Trilogy" e "Until it's time for you to go", mais uma seleção de canções que o emocionavam. Naquela noite, ele escolheu "Never been to Spain" do Three Dog Night, "For the good times" de Kris Kristofferson, "Proud Mary" do Creedence Clearwater Revival e "Polk Salad Annie" de Tony Joe White. O homem corria todo o palco, dando àqueles sentados em ângulos menos favorecidos, uma chance de vê-lo. Então, ao fim de "Can't help falling in love", os seguranças de jaqueta vermelha reapareceram e aí ele se foi, deixando Dvorin entrar no palco para dizer ao público que Elvis já havia deixado o edifício. O Coronel acreditava firmemente em deixa-los querendo mais... e Elvis deixou.

O veredicto da imprensa foi unânime. "De Fenômeno Caipira em 1956 a Super Star afiado", disse a revista Variety, "os ricos talentos de Presley estão intactos", disse o NY Times, "Elvis curte seu reinado em Nova Iorque", completou o Memphis Commercial Appeal. "Nostalgia foi uma parte muito ínfima da celebração toda", notou a Billboard. "A voz de Evis, que sempre foi muito melhor do que o que os críticos admitem que é, tornou-se mais rica e poderosa com os anos... Milhares de lâmpadas piscando criaram o show de luzes psicodélicas e o palco parecia estremecer e pular nos pequenos espaços entre luz e sombra. Essa imagem apenas reforça o que se suspeitava desde o início. Elvis transcendeu as exasperantes constrições de tempo e espaço".

Enquanto Elvis cantava no sábado, os tape machines da RCA trabalhavam. "Gravamos os dois shows daquele dia", conta Joan Deary. "O segundo foi o que lançamos". O disco, ELVIS AS RECORDED AT MADISON SQUARE GARDEN, foi lançado na semana após o show. Chegou ao número 11 nas paradas de LPs e ganhou disco duplo de platina. Três canções do primeiro show, o clássico do blues "Reconsider baby" de Lowell Fulson, o standard havaiano "I'll remember you" e "I can't stop loving you' apareceram depois. As outras canções daquela noite em Nova Iorque, um quarto de século atrás, agora fazem sua ansiosamente esperada estréia em CD aqui, AN ATERNOON IN THE GARDEN.


FRANCHICO NA LINHA NOVAMENTE:
Comprei esse disco bem baratinho numa promoção das Lojas Americanas recentemente, como quem lê os comments dessa bagaça já sabia. R$14,90, leve três, pague dois. Melhor que isso, só de graça. (Depois o pessoal lá me dá uma pontinha. PFUAH!) Na minha modesta opinião, o melhor show possível de Elvis. Tudo é inexcedível: o Rei em estado de graça, no auge da forma, um baterista totalmente cavalar, guitarristas extremamente afiados, backing vocals cheios de gás, uma orquestra da porra adornando tudo com glacê e parcimônia, sem se impor demais no meio daquela sonzeira toda. O negócio é tão bom que até em Love me tender, música que normalmente me dá vontade de bocejar, o ímpeto é tirar a roupa e pisar em cima (até por que aqui, a chatinha canção tema do primeiro filme de Elvis, eminentemente acústica, ganha um suingado acompanhamento de guitarra, baixo e bateria etc). Enfim: demorou, mas com An afternoon in the garden, eu finalmente descobri o real (com e sem trocadilho) significado da coroa que uma vez colocaram na cabeça daquele caipira sulista.

Hoje eu vivo feliz com minha esposa, 4.547 revistas em quadrinhos e nenhum gato.

PRANTÃO SEU LÚCIO URGENTE:

O garoto de ouro do jornalismo indie rock entregou o serviço: numa coluna publicada hoje mesmo, Lúcio Ribeiro revelou que os Strokes estão fechados para o TIM Festival, no final de outubro. E mais: o Wilco, banda do coração deste mané aqui, tb vem para o mesmo festival. Mais adiante, outra boa notícia: a revista BIZZ volta mesmo em agosto. UHÚ! (Mas acho que eu já disse isso antes.)

RETROFOGUETES NO POGRAMA DO JÔ, QUARTA-FEIRA, 29 DE JUNHO

Dizer mais o quê? Imagina que espécie de diálogo vai ser esse: Morotó Slim X Jô Soares. Quem precisa de Brasil X Argentina? Isso para não mencionar Rex Crotus e CH, que certamente farão seu papel na hora de pentelhar aquele véio chato. Façam o favor de assistir, caceta!

segunda-feira, junho 20, 2005

ROCK É ROCK, HIP HOP É HIP HOP, CACETA!

Que saco. Mais uma listinha. O livro do Nick Hornby fez um estrago danado nas cabecinhas tolas da imprensa rock (e muito provavelmente, a minha é a mais tolinha de todas, ainda que eu não seja de imprensa banana nenhuma, quem sou eu, não tenho parentes em redações). Mas eu estou divagando. O assunto aqui é mais uma daquelas famigeradas listinhas de melhores álbuns de rock de t0dos os tempos (nesse caso, dos últimos 20 anos), desta vez, lançada pela revista americana Spin. Segundo reportagem da BBC Brasil, dos 100 álbuns da lista, cerca de 1/4 são de artistas de hip hop. Com todo respeito aos companheiros que tenham algum tipo de simpatia pelo estilo, pô, eu mesmo já tive minha fase hip hop (uns 10 anos atrás), mas puta que pariu, vamo combinar uma coisa? ROCK É ROCK, HIP HOP É HIP HOP, e, mesmo que ambos os estilos tenham saído de uma mesma matriz, hoje em dia não têm mais nada a ver um com o outro, concordam? A não ser que você seja fã de Charlie Brown Jr e/ou Limp Bizkit e similares e ache que sim, rock e hip hop (ainda) têm tudo a ver. Nesse caso, faça-me o favor de juntar teus pano de bunda e cascar fora, porra! E NÃÃÃÃO ME APAREÇAM MAIS POR AQUI, TÁ COMPREENDIDO? (Obrigado Deus, pela mera existência do senhor Marcos Binachi.) A banana da reportagem sobre a tal lista vagabunda da Spin tá aqui. Não recomendo. Na moral, vc liga a MTV no Top 20 e a cada clip de hip hop, minha vontade de vomitar só aumenta. São todos tediosamente iguais e cretinos. Negões bombados, jóias enormes e cintilantes, mansões, carrões, vagabundas cheias de atitude (devem aplicar silicone até na veia), boçalidade à toda prova, visual pimp (cafetão) levado às últimas consequências. Parece jogador de futebol brasileiro, que quando sai da miséria e começa a ganhar dinheiro, vira um espantalho de tanta jóia pendurada pelo corpo. Blargh. Nada menos rock do que isso. Aí vem essa revistinha de merda, faz uma lista de 100 melhores discos de rock dos últimos 20 anos e mete 25 de hip hop no meio. Com todo respeito aos medalhões do gênero como Public Enemy e Run DMC, que eram legais, admito, mas o hip hop hj em dia é uma BOSTA. "Ah, mas isso é o mainstream, no underground tem coisas legais, Franchico", poderão argumentar os fãs do estilo. Paciência. Só o que aparece é o lixão, e eu não vou perder meu tempo procurando coisas de um estilo que nem gosto mais. E chega.

(Essa falta de assunto ainda acaba comigo...)

sexta-feira, junho 17, 2005

Notícia ruim é comigo mermo

EX DE RON WOOD ENCONTRADA MORTA PELO VIZINHO

E parece que foi overdose. A notícia tá no site da Dynamite, e vc lê clicando aqui. Krissy Wood foi a primeira mulher de Ron e eles tiveram um filho, Jesse. Segunda notícia de morte que dou essa semana. Tô ficando bom nisso.

AGORA, NOTÍCIAS BUNDAS, DIGO BOAS, DIGO, DÁ NA MESMA

ELEKTRA ASSASSINA DE VOLTA ÀS BANCAS - Seguindo sua política de relançar em edições luxuosas todos os clássicos Marvel & DC dos anos 80, a Panini colocou nas bancas Elektra Assassina, de Frank Sin City Miller e Bill Sienkiewicz (acho que acertei o nome dele). Para quem nunca leu, vale cada centavo dos R$28 contos que custa a série encadernada. Originalmente, ela se estendia por oito números. A trama é totalmente delirante e mistura espionagem, demônios, sátira política e andróides psicopatas. CLASSE A. Já nas bancas.

LOKI - Outra boa dica de quadrinhos que tá nas bancas é a série em duas edições LOKI, que conta como seria se o Deus da Tarpaça e maligno meio irmão do Poderoso Thor finalmente conseguisse derrotar o Deus do trovão e conquistar Asgard, lar dos deuses nórdicos. Os diálogos rebuscados e inteligentes do argumentista Robert Rodi e os desenhos pintados primorosos de Essad Ribic são os destaques. Detalhe machista: Hela, a deusa da morte, nunca esteve tão gostosa. O modo como Rodi trabalha a personalidade dúbia, angustiada e simplesmente carente de Loki vale os R$5,90 cobrados pela revista, que aliás tem tb papel de primeira. Já nas bandas, digo bancas.

quarta-feira, junho 15, 2005

ROCK BLOCKS

-Não é só no Brasil que o publico se queixa das poucas opções que as radios FM oferecem aos ouvintes. Submetidos a um restristissimo playlist de mega-redes de radio, como a Clear Channel ( dona de mais de 1300!!!! rádios nas principais cidades americanas), o publico norte-americano está reagindo em grande estilo,e a resposta parece ser radio por satélite. Por 13 dolares por mês( cerca de 33 reais) o assinante tem acesso a mais de 100 radios com programações exclusivas e absurdas, que vão de talk-shows a rádios só de rock alternativo, garage, jazz , heavy metal, blues,jam bands ,eletrônica, ect.... As rádios não tem break comercial, tem djs ao vivo interagindo com a audiencia e tal como a Sky e Directv são sintonizadas por receptores, com a grande vantagem de serem portáteis tipo um ipod, alem poder ser sintonizada no radio do carro. Ocupando o espaço experimental que foi das FMs nos anos 70, a XM Radio, e a Sirius , as duas grandes do setor, já tem mais de 5 milhões de assinantes, uma gota d´agua no imenso mercado americano, mas com um crescimento exponencial na sua base de clientes. Com as internet rádios tendo um serio problema de portabilidade , e as FM rock mais alternativas(inclusive as college rádios) perdendo espaço na América de Bush Jr, a Satellite Radio XM acabou de contratar um dos maiores nomes da talk-radio de lá, o censuradissimo Howard Stern, numa demonstração de força deste segmento. Outros nomes de peso incluem Steven Van Zandt( guitar de Springsteen), programções com Eminen,o skatista Tony Hawk, o grande Kelly Slater e rádios dedicadas a sets completos do Phish( provavelmente os grandes herdeiros do Grateful Dead). Pequeno detalhe, assim como fazia o mestre jedi Jerry Garcia, os sets de Trey Anastasio costumavam( o Phish deu uma parada ano passado) durar 6, 7 horas.Pra lá de Grateful Dead.

-Relato de David Fricke da Rolling Stone para os shows que o Cream fez no Albert Hall garantem, e eu acredito, que os shows foram indescritíveis, emocionantes, sensacionais,ect... resumindo, botaram pra fuder!. Clapton, Bruce,e Baker, todos com mais de 60 anos, não deixaram pedra sobre pedra, com o som pesado, sofisticado e cheio sutilezas, provando que se pode envelhecer no rock, sem perder energia, nem o espírito rocker.Como disse Cláudio no Clash, quero bater cabeça até os 60, o Cream acabou de provar que é possível.

-Na outra ponta, os relatos do Coachella Festival, confirmam, o rock está vivíssimo, com bandas como Coldplay e Nine Inch Nails, Weezer, e Wilco, alem do ressurectos Bauhaus, Gang of Four e o New Order comandando multidões, provando que os festivais com varias bandas, de vários estilos de rock, e todo o ambiente que envolve eventos do gênero continuam em altissima. Um dos detalhes que mais me chamaram a atenção foi o fato da musica eletrônica ter saído dos palcos principais e ter voltado para as tendas.Cadê os novidadeiros de plantão que falavam , há uns 4, 5 anos, que o rock tinha morrido, banda de rock era coisa do passado, musica eletrtonica tinha substituído o rock, e que os Djs eram os coveiros do rock´n´roll? Cadê os mané?

Rock on.

The girl with caleidoscope eyes

Lembram de Lucy in the sky with diamonds? Pois é: MÓRREU! Leiam sua (bela e) breve história aqui.

quinta-feira, junho 09, 2005

LOVELY MAN

LITTLE HELL

"Isso aqui tá uma sauna, cara!", berrou Shark no meu ouvido, me trazendo de volta à realidade. Eu tava simplesmente viajando nas bolas de bilhar, hipnotizado pelas cores e pelo tic-toc das bolas se chocando e se espalhando pela mesa verde. Nem calor eu tava sentindo. As cervejas e as pílulas estavam fazendo efeito... O grito de Shark ficou ecoando na minha cabeça um tempão e meu estômago chegou a embrulhar. O pior é que o cara tinha razão, o lugar estava pegando fogo. Pegando fogo de verdade. No palco, Jimi tinha acabado de tacar fogo na sua Strato vermelha e o piano já estava soltando altas labaredas enquanto Jerry Lee martelava as teclas mais agudas com a mão direita e entornava uma garrafa de Jack Daniel?s com a esquerda. Jim e Janis dividiam o mesmo microfone, abraçados, berrando os versos de Whole lotta shakin' goin' on, enquanto o velho Keith, levitando um cigarro no canto direito da boca, segurava a base e assistia seu xará massacrar a bateria. Não havia ninguém parado. Todos pulavam, gritavam, bebiam, cantavam, dançavam e se divertiam, exceto eu, que precisava vomitar. Tinha que alcançar o banheiro. Comecei pedindo licença, mas como ninguém dava a mínima, passei a abrir caminho empurrando mesmo, em completo desespero. A essa altura eu já estava me sentindo o maior idiota do universo. Alguém me puxou pelo cabelo e gritou no meu ouvido: "ROCK N' ROLL, PORRA!!!", o que só fez aumentar minha ânsia de vômito. Finalmente, abri a porta do banheiro e lancei a primeira golfada antes mesmo de alcançar a latrina. Tinha um cara lá mijando, que por sorte conseguiu se esquivar do jato a tempo, e se limitou a dizer "tá mal, hein brother?!?" e saiu batido. Vomitar é uma das experiências mais angustiantes que eu conheço, especialmente quando se está de estômago vazio. Molhei o rosto e fiquei ali, me olhando no espelho, me sentindo um panaca. Lá fora, a banda começou a tocar Louie, Louie, e a gritaria aumentou.

By Borel.


Gostaram? Esse é um (raro) continho escrito por Emerson Borel em 1995, quando eu, Apú e Leonardo Leão (vocalista da Drearylands) fizemos um fanzine (super na tora, como devem ser os bons fanzines) chamado Voodoo. Borel era nosso colaborador, assim como muita gente boa como Zezão, Paulinha Vargas, Wladimir Cazé e Flávio Pulgão Oliveira, entre outros. Um dia desses eu conto a história desse fanzine pra vocês. O assunto hoje é outro.

Emerson Borel foi tão importante para mim, na minha formação como ser humano, quanto minha mãe ou meu pai. Foi o cara que me ensinou a não baixar a cabeça para ninguém (a não ser quando eu estou realmente errado, claro). Foi o cara que me ensinou a ouvir o Phisical Grafitti, do Led Zeppelin, separando o som em camadas: baixo, bateria, guitarras, violões, teclados, vocais, tudo separado, formando uma maravilhosa unidade. Foi o cara que me ensinou a prestar atenção nos detalhes que Derek Riggs espalhava pelas capas do Iron Maiden. Entre outras milhares de pequenas e grandes coisas que eu aprendia com ele quase todos os dias. Sujeito homem, sua personalidade explosiva era pouco afeita a meios termos: ou era, ou não era, porra. Oito ou oitenta. Não tolerava falsidade, injustiça e babaquice. Se alguém queria lhe dizer alguma coisa e ficava rodeando, logo ele se irritava e chamava a pessoa na chincha: "diga logo o que você quer dizer, porra!". Confesso que em seus momentos mais irritadiços, ele me intimidava e eu me recolhia, pacato que sou e zeloso que sempre fui de nossa ligação. Ele sabia disso e sempre demonstrou enorme carinho pela nossa amizade. Nunca teve vergonha de lançar o (longo) braço sobre meus ombros e me dar um caloroso abraço a qualquer momento que tivesse vontade. "Chicããão, meu velho." Em vinte anos de intensa amizade, só uma vez ficamos de mal. Foi logo no comecinho, em 1984, quando éramos colegas na quinta série do Colégio Maristas. Ele se juntou com o playboy mais otário da classe para fazer pouco de minha aparência física. "Ô Fábio Júnior!", gritavam, do fundão da sala. Mandei-o para aquele lugar e cortei relações. Passei a ignora-lo sistematicamente. Um ou dois meses depois, passada a raivinha, reatamos num passeio ao Lar Marista, entre um pulo e outro na piscina. Ele me pediu desculpas. Naquele ano, comecei a ouvir rock, via um VHS do Iron Maiden na casa de um amigo barão. Enquanto isso, nossa amizade, retomada, só crescia. No ano seguinte, munido de fitas k-7 que o namorado da minha irmã, um surfista doidão, me dava, fui almoçar em sua casa após a aula. "Velho, ouve isso aqui". Era Bark at the moon, do Ozzy Osbourne. O poderoso riff inicial ecoou pelo quarto. Os olhos de Borel saltaram, brilharam, uma coisa diferente aconteceu com ele. Minha cooptação não podia ter sido mais bem sucedida. Mais do que um amigo, eu havia feito um sócio, um confrade. Em paralelo, ele também tinha um primo que gostava de rock e foi lhe mostrando mais coisas. Descobrimos outros dois colegas nossos que gostavam de rock: Rozendo Loyola e Bruno Uzêda. Juntos, nós quatro nos tornamos inseparáveis durante vários anos, até sairmos da escola. Outsiders absolutos em um colégio onde rock era praticamente palavrão, éramos vistos, com nossas calças rasgadas e costuradas com patches como... Não. Na verdade, não éramos vistos, simplesmente. Mas Borel nunca, em nenhum momento, recuou ou se arrependeu de sua escolha. De nenhuma escolha que fez em vida. Talvez só da última. Mas aquela não tinha mais volta. Sua presença me dava força, afirmava meu caráter. Sua ausência me deixou meio quebrado, como se um dedão do pé me tivesse sido amputado. Capenga, sigo adiante com minha mulher e meus amigos, muitos, quase tão antigos e tão importantes para mim quanto o velho Borelzinho. Mas nenhum tão contundente, tão passional, tão... vivo. Falar de sua habilidade, sensibilidade e das misérias que fazia com a amada Fender vermelha em mãos é chover no molhado. Sua importância para o rock baiano ainda está por ser corretamente avaliada. Sua obra, infelizmente exígua para o tamanho de seu talento, permanece e ainda será revista e devidamente reconhecida. O mais importante, porém, ele sempre teve em vida: o reconhecimento e o incentivo daqueles que o amavam. E como tinha gente que amava aquele magrelo desengonçado. A falta que sinto dele é tão escrota que qualquer outra coisa que eu escrever aqui fatalmente resvalará para a mais deslavada pieguice (se é que eu já não o fiz). Vou encerrar reiterando a sugestão de Márcio Martinez para fazermos um minuto (ou um disco inteiro) de muito barulho hoje, e também, citando um trecho de My lovely man, do Red Hot Chili Peppers, banda que, como todos que o conheceram sabem, ele amava fervorosamente. Flea e Kiedis fizeram a música para um amigo falecido, portanto...

Well I'm cryin'
Now my lovely man.
Yes I'm cryin'
Now and no one can
Ever fill the hole
You left my man.
I'll see you later
My lovely man if I can.

In my room
I'm all alone
Waiting for you to get home.
Listen to Roberta Flack
But I know you won't come back.

Just in case you never knew
I miss you, slim,
I love you too.
See my heart
It's black and blue,
When I die
I will find you.

Gente, Mário Jorge também tem algumas palavras muito bacanas sobre Borel que gostaria de partilhar com vocês. Olha só:

Outro dia, no rockloco, estávamos tocando uns sons da discoteca de Borelzinho que D. Iná emprestou. Então, chicão falou "Tá vendo filadaputa, tú não emprestava seus discos para a gente, então agora a gente vai lá e pega... e não sei se vamos devolver...". Era como uma provocação, um insulto. A gente queria, imaginava possível, que ali, naquele momento, ele pudesse entrar pela porta e falar "você é filadaputa, é Francisco?"...
Na minha vida, Borel ainda é muito vivo, sabe aquele cara que você é fã, mas é o seu amigo e companheiro de banda? Conheci ele por causa do rock, pra tocar junto. Emerson foi o primeiro cara que realmente me impressionou pela forma que tocava...era igual o cara da tv, o rock, um showman mesmo. De 91 a 93, que pra mim foi a fase mais genial dele, antes da doença e tal, era muito inacreditável como empunhava a fender vermelha com suas impressionantes mãos de macarrão e energia louca?e como todo gênio: dominador, impulsivo... de personalidade forte.
Hoje em dia eu me impressiono como instintivamente ele era um grande produtor, as partes A B e C das músicas mudavam na hora certa, tava tudo direitinho...Riff era sua especialidade, alguns não chegaram a ser registrados, se perderam no tempo... Aprendi muito com ele e só tenho a agradecer, "valeu, Boleco".
Podia contar um milhão de histórias, mas escrevo essas linhas por saudades e admiração. Quem o conheceu sabe do que eu tô falando...
Hey, I don't feel allright, I've been thinkin'...There's something wrong with my mind. Hey, I don't feel so good, I've been thinkin' Of givin' up the school.

domingo, junho 05, 2005

MC5- Purity Accuracy

Detroit, Michigan é mundialmente famosa por ser o berço da indústria automobilística. O estabelecimento desta indústria nesta gelada região dos Great Lakes gerou uma classe operaria prospera, vinda de todos os recantos dos Estados Unidos, em especial os negros do empobrecido sul. Estes aspectos criaram uma classe operaria politizada, e os negros disseminaram de vez o jazz e o blues nos clubes da cidade. Foi neste ambiente que Wayne Kramer e Fred 'Sonic' Smith se conheceram no ginásio de Lincoln Park, no subúrbio operário de Detroit, todos tendo em comum a paixão pela musica negra de 'alta voltagem', tipo Motown, James Brown, Chuck Berry e Little Richard. Kramer logo ficou amigo de Rob Tyner, que ligou a galera em Coltrane, Sun Ra e free jazz. Resolveram fazer uma banda, que teve vários nomes e vários baixistas até Michael Davis e o baterista Dennis Thompson se juntarem a eles em 1965 já como The Motor City 5, ou os 5 da Cidade do Motor. Tocando junto desde a adolescência, os guitarristas Kramer e 'Sonic' Smith( nome mais apropriado pra um guitarrista, ever!) desenvolveram uma performance devastadora através de experimentos impiedosos com distorção e feedback, que os levou em 1966 de apresentações em bailes escolares ao Grande Ballroom , um dos palcos mais concorridos de Detroit.
As apresentações envoltas em anarquia e barulho sem precedentes atraiam um publico cada vez maior, até atrair a atenção do ex-professor e guru local da então efervescente contracultura, John Sinclair, que viria a ser crucial para o futuro da banda, ao adotar e doutrinar politicamente o MC5. Sinclair, também chamado de Rei dos Hippies, liderava uma serie de movimentos alternativos e revolucionários agrupados embaixo de uma organização chamada Trans Love Energies, que tinha como lema 'rock?n?roll, drogas e fuder nas ruas' como meios de promover um assalto total na sociedade. O mote, sexo, drogas e rock'n'roll nascia ali. Segundo Wayne Kramer, Sinclair conseguia traduzir em linguagem acessível toda a inexplicável (até então) raiva e frustração que o MC5 expressava através do assalto sonoro da banda. Bingo, a raiva e agressividade inatas da banda ganhavam um sentido, a musica ensurdecedora do MC5 ganhava um discurso à altura.
Em 1967 Sinclair passa a gerenciar o MC5 e os transforma na banda oficial dos White Panthers, uma das organizações políticas revolucionarias comandada por Sinclair, e passa a ser porta-voz oficial da retórica política do partido, pregando uma revolução radical nos Estados Unidos, inclusive, se fosse o caso, a revolução armada. Obvio que, em um pais em guerra no Vietnam e convulsionada politicamente pelo crescimento da contracultura, o MC5 ia pagar o preço pelo posicionamento radical adotado, e eles passaram a ser perseguidos pela policia, FBI,e CIA. Isto os forçou irem para a vizinha Ann Harbour, juntamente com a banda caçula que eles apadrinhavam, uma tal de Stooges, que também passava por problemas, só que de outra ordem.Este periodo em Ann Harbour tem status mitologico no rock. Durante as revoltas raciais do verão de 67 em Detroit, o MC5 estava ausente numa espécie de exílio em Ann Harbour, mas em 68 eles estavam nos tumultos da convenção do partido Democrata em Chicago, tocando para o Yippie Party. O pau comeu feio durante a apresentação do MC5, com a tropa de choque e a policia montada, segundo Kramer, jogando pólo com a cabeça dos hippies. Eles fugiram correndo da policia, mas ganharam um contrato com a Elektra Records, depois de Danny Fields verem os caras em ação. Gravado ao vivo no Grande Ballroom no final de 68 e lançado em 69, Kick Out The Jams é um dos discos mais influentes da história do rock, e um dos grandes precursores do punk e do hardcore. O disco alcançou top 30, mas a importante cadeia de lojas Hudson's chiou do motherfucker utilizado na faixa titulo. A gravadora lançou uma versão censurada do disco, o que levou o MC5 a fazer uma campanha na imprensa cobrindo a Hudson's de impropérios e assinou os anúncios com o logo da banda e da Elektra. A Hudson's então resolveu retirar todos os títulos da Elektra das lojas, e a Elektra dispensou o MC5. O MC5 começava a aprender que a luta contra o sistema era bem mais difícil que imaginavam.
Mas a banda era quente, mesmo com o guru John Sinclair preso por porte de drogas, eles foram adotados por Jon Landau (futuro manager de Bruce Springsteen), que conseguiu um contrato com a Atlantic Records. Sob a batuta de Landau , longe do aprisionado Sinclair, e começando a ficar de saco cheio de setores mais radicais dos White Panthers, lançam em 1970 o seminal (mesmo) Back in the USA. A produção mais polida do disco, e as faixas curtas de rock mais básico e cru dividiu opiniões, mas segundo alguns, as sementes do formato punk (Ramones que o digam) foram plantada ali. A essa altura as contradições entre a carreira musical e a militância política já tinha enchido o saco dos caras que se afundavam na heroína. Ameaçados de morte pala facção radical Motherfuckers, grampeados pela CIA e com o vicio na heroína em estagio doentio lançam o apenas razoável High Time, cujo fraco desempenho levou a Atlantic a os dispensar. Depois de uma deprimente turnê européia em 72 a banda joga a toalha, tocando seu show final no Grande Ballroom por 500 dolares, gasto prontamente em skag.
Kramer passou vários anos preso por trafico de heroína, Rob Tyner morreu em1991 e Fred 'Sonic' Smith, pra quem ainda não sabe Mr. Patti Smith morreu de câncer em 1994. Como ao longo dos anos o reconhecimento à influencia da banda só fez crescer, em 2003 os membros sobreviventes resolveram ressuscitar a banda, culminando com um show triunfal em Abril deste ano no Royal Albert Hall em Londres, acompanhado pela legendária( para o jazz) Sun Ra Arkestra. Mas uma saga do rock, e um exemplo de uma banda que enquanto foi possível, viveu tocando naquilo em que acreditava, e para o bem e para o mal simbolizou o engajamento no rock. E para alguns desavisados que acham que tudo isto foi muito remoto e não nos diz respeito de forma alguma, um lembrete, o MC5 influenciou e foi pioneiro no comportamental jovem contemporâneo em todo o mundo, servindo como exemplo, até pelos excessos cometidos, em termos de atitude. Para coroar a saga um box set do MC5, batizado de Purity Accuracy acaba de ser lançado nos Estados Unidos, e desde já é objeto de desejo de todos que são fãs da banda.

quarta-feira, junho 01, 2005

(Você não) se esqueça de mim

PÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁRA TUDO!

Parou, parou, parou. O Rock Loco entra no ar agora em edição extraordinária. O elenco de O Clube dos Cinco (The Breakfast Club) o melhor filme adolescente da década de 80, quiçá de todos os tempos, voltará a se reunir para participar do MTV Movie Awards 2005. Emilio Esteves ainda não confirmou, mas Molly Ringwald, Ally Sheedy, Anthony Michael Hall e Judd Nelson - elenco principal da comédia dramática - disseram que participariam do encontro. Leia a notícia aqui.

Foi mal, não consegui me segurar. Acho que vi esse filme umas trinta vezes só em 1988, quando o vi pela primeira vez. Até os diálogos eu já sabia de cor. A música tema, a chicletenta (Don`t you) forget about me justificou a existência de uma banda absolutamente medíocre (Simple Minds) e seus personagens são os exemplos mais bem acabados da juventude de então.

Para quem tem menos de trinta anos, vou explicar. O filme é simples. Cinco alunos de um colégio americano (claro), passam um um dia de sábado inteiro na biblioteca da escola, de castigo (detenção, como eles chamam por lá). Eles não se conhecem, não simpatizam uns com os outros e são totalmente diferentes entre si. O filme se passa quase que inteiramente nessa biblioteca, nesse dia frio de sábado, com esses cinco personagens conversando, brigando, se conhecendo, fumando maconha, dando olé no coordenador pedagógico, se revelando uns aos outros. Até o final do dia, eles devem entregar uma redação. Será que ela sai?

O diretor John Hughes andava tão inspirado naquela época que na sequência, cometeu outro clássico adolescente absoluto dos anos 80 > Curtindo a vida adoidado (Ferris Bueller`s day off). POM! POM! TCHUK TCHUK BAH!

Acho que O Clube dos cinco já passou algumas vezes na Sessão da Tarde, mas nunca dei a sorte de reve-lo depois que minha fita VHS ficou inutilizada pelo mofo. Espero que algum dia saia em DVD por aqui, de preferência, recheado de extras.