terça-feira, novembro 24, 2009

NOITE DE SKA NO PELÔ



O esforço inesperado e praticamente sobrehumano a que foi submetido o público interessado na Noite das Orquestras no Pelourinho, na última sexta-feira, foi recompensado com uma sequência magnífica de shows da Orkestra Rumpilezz, Ska Maria Pastora e Orquestra Brasileira de Música Jamaicana.

Explica-se: realizada no mesmo dia em que as justas comemorações pelo Dia da Consciência Negra agitaram – e muvucaram geral – toda a região central da cidade, a jornada para chegar ao Pelourinho foi algo digno de Jasão & Os Argonautas. Até o telefone celular do repórter foi habilmente surrupiado no meio da multidão que se comprimia alegremente pelas ruas do Pelô.

O lado bom é que o esforço valeu – e muito – a pena. A festa de encerramento do projeto Novembro - Música em Todos os Ouvidos, da Diretoria de Música da Fundação Cultural do Estado, começou por volta das 21 horas.

Coube a anfitriã Orkestra Rumpilezz abrir a noite, levando seu som originalíssimo – mistura do jazz das big bands com percussão de candomblé – ao público que ia chegando e se esquentando na beira do palco com o elaborado suíngue que saía das caixas de som.

Impressionante conferir o monumento sonoro que é o som da Orkestra ao vivo. Um trabalho que, é o mesmo tempo, a cara da Bahia e totalmente universal.

Ska relax de Olinda

Após a troca de palco, vieram os olindenses do Ska Maria Pastora. Menor formação da noite, contavam só com três instrumentistas de sopro. Como quantidade não é qualidade, demonstraram inequívoca habilidade instrumental em um som de caráter praieiro, relaxado.

Na verdade, o ritmo das músicas parecia devagar até demais para uma banda que tem a palavra “ska“ no nome – eles estão mais para o reggae, mesmo. Mas trata-se, sem dúvida, de mais uma ótima novidade oriunda das bandas do Pernambuco.

Ska buliçoso de São Paulo

Atração mais esperada da noite, a Orquestra Brasileira de Música Jamaicana foi tudo o que se esperava: agitada e brilhante.

Comandada no palco pelo guitarrista e vocalista Sérgio Sofiatti, desfiou um repertório de clássicos da música brasileira no ritmo acelerado do ska, transformando a praça em um bailão para o povo que dançava enlouquecido ao som de Águas de Março, Trem das Onze, Carinhoso, O Guarani, Nanã e outras.

Tudo isso sem desrespeitar o espírito original das músicas e, ao mesmo tempo, mantendo o clima do ska tradicional. Até o “shikaboom“ ouvido nos clássicos dos Skatalites Sofiatti fazia com a boca. Espetacular.

9 comentários:

Emmanuel Mirdad disse...

Chicão! Bela matéria, man. Fiquei puto pq perdi o show. Mas os caras da OBMJ devem voltar, todo mundo curtiu, sonzeira danada.

Então, titio Jornalinho voltou a perguntar: qual é a melhor?

a) Roy Orbison?
b) Nazareth?
c) Mike de Mosqueiro?

Lá no blog. abs!

cebola disse...

Gram Parsons com Emmylou Harris ao vivo!! Melhor de todas. Mas entre esses três: Roy Orbinson, claro.

Anônimo disse...

sinceramente o que precisamos no rock nacioanl é de um reboliço estético/lírico como um tufão...longe dos modismos, do marasmo e das turminhas de "descolados"
http://www.youtube.com/watch?v=UYzqmDaqkgc
patrulha do espaço...dos tempos heróicos do rock nacional
abriram para o van halen em 83 em sp e receberam elogios de eddie (nem precisava)
cláudio moreira

cebola disse...

De fuder a matéria de Edu Bastos sobre o livro do Zep. Coroada com uma curta, porém, excelente entrevista com o autor. Quem sabe sabe, né Edu?
Quanto à eles terem "escrito a cartilha" dos excessos no rock ´n´ roll, conforme o autor da biografia afirma na mesma entrevista, há controvérsias. Tinham uns tais Stones por aí, e antes ainda, já rascunhando esta tal cartilha. Inclusive na questão do canhoto invocado. Mas isso é irrelevante. Vou comprar o livrinho assim que me recuperar dos meus próprios excessos de férias...

Franchico disse...

Sir Bôla, passei para seu comentário pra Edu.

Agora segue o comentário dele sobre o seu comentário.

Abre aspas:

(10:05 AM) Eduardo Bastos: Depois que ele ler o livro, ele vai ver que os Stones são fichinhas, hehe!!!

Fecha aspas...

cebola disse...

Pode até ser. Vou conferir. Mas pra quem já assistiu o cocksucker blues, como eu (tanx nei bahia), sobre a desgraceira da turnê dos Stones de 72/73 sabe que é difícil se impressionar com qualquer coisa. E lembrem-se também que já existia um tal de Keith Moon por aí fazendo as vezes de baterista-desgraçado-bêbado-do-inferno quebrando tudo por aí. Mas, nem nada disso importa tanto (ou importa tudo!?).
O que importa mesmo é a satisfação de ter visto uma matéria dessas, do caralho, feita por quem entende do riscado, sobre uma banda como o Led nesses nossos tempos bicudos, de hypinhos descoladinhos issossinhos com prazinhos de validadinhas estampadinhos em bulinhas nhanhanhanhanmahnha ...
valeu, Edivis!!!

Anônimo disse...

O Rock na Bahia morreu soterrado pelas retroescavadeiras
cláudio moreira

Franchico disse...

R.I.P.

www.ricardocury.blogspot.com

Um minuto de silêncio para o fim do blog de Curyboy...

(Antes que algum maluco saia dizendo por aí que Cury morreu: o cara está vivo e bem - graças a Jah. Foi só o blog que ele resolveu deletar da internet).

Anônimo disse...

vá em paz!!!!!!!!
mas não volte!!!!
hehehehehe
cláudio moreira