quinta-feira, abril 01, 2010

VELOTROZ DEMONSTRA BOM POTENCIAL

No último post, reclamei que o cenário rocker atual está “devastado por uma tosquidão sem precedentes“. Isso é fato, mas faltou especificar: esse cenário desanimador se concentra quase que na sua totalidade no mainstream.

Não que a cena independente seja ideal – na verdade, está longe disso –, mas é nela que surgem boas novidades, como a Velotroz (acima, em foto de Mariele Góes).

Típica representante da geração que começou a ouvir e tocar rock ‘n‘ roll nos últimos dez anos, este quarteto surgiu em 2007, da amizade entre um grupo de jovens fãs do... acertou: Los Hermanos.

“Nos conhecemos por volta de 2003, 2004, por causa dos Los Hermanos, que todos nós ouvimos muito“, admite Tássio Carneiro, guitarrista e tecladista, que integra a banda junto com Giovani Cidreira - (voz e violão), Danilo Souza (guitarra), Caio Araújo (baixo), Felipe Cerqueira (percussão) e Jefferson Dantas (bateria).

Mas não se enganem: na Velotroz, a influência dos barbudos cariocas – diferente de muitas outras bandas por aí – não se limita ao sentido da cópia. Uma audição mais atenta nas primeiras gravações dos meninos revela um potencial para criar melodias intrigantes, curiosas.

Não à toa, ficam claras também as influências de Raul Seixas e Ronei Jorge na receita. “Sempre ouvimos Raul. E quando começamos a banda, conhecemos Ronei, que foi muito importante ali no início“, conta.

Sobre a inescapável questão do rótulo, Tássio comenta que “sempre rola uma confusão a respeito dessas definições. Ouvimos tantas coisas, novas e antigas... No fim, o som acaba ficando contemporâneo, mas as nossas influências estão mais para coisas antigas: Beatles, rock inglês, Tropicália, Clube da Esquina“, enumera.

Já escolados nos palcos do Rio Vermelho, o grupo está agora numa pequena pausa, após lançar seu primeiro CD, com oito faixas, no ano passado. Gravado ainda em 2008, quando foi lançado, ele já soava defasado em relação ao estágio atual do grupo.

“Estamos trabalhando as composições novas e gravando o que dá para adiantar em casa: instrumentos de corda e teclados. Bateria e voz vai ser no estúdio“, conclui Tássio.

Ouça: www.myspace.com/velotroz

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