segunda-feira, março 18, 2013

PRESTES A INICIAR PROVA DO SEGUNDO ÁLBUM, MAGLORE FAZ BALANÇO DO VERÃO EM CASA


Banda mais popular do rock baiano atual, a Maglore abre novo ciclo produtivo, após passar um agitado verão na cidade.

Nesta quarta-feira, o quarteto retorna à sua base em São Paulo, para onde se transferiu pouco de pois de lançar o primeiro e elogiado CD, Veroz (2009).

Por aqui, a banda aproveitou para se reencontrar com seu crescente público local em pelo menos dois shows de grande porte: em dezembro, no Bahia Café Hall e em janeiro, na Praia de Armação, quando encabeçou a lista de atrações de um dos domingos do Verão Coca-Cola.

Nesse meio tempo, também viajaram ao interior, para se apresentar em cidades que ainda não tinham visitado, como Jequié e Itabuna.

Mas a principal atividade dos rapazes aqui na cidade foi mesmo as gravações do aguardado segundo álbum da banda.

As sessões, sob a produção do experiente Tadeu Mascarenhas no Estúdio Casa das Máquinas, foram no esquema “ao vivo no estúdio”.

“Tadeu botou todo mundo tocando junto ao mesmo tempo dentro do estúdio, sem metrônomo (aparelhinho que marca o andamento da música). Só a voz foi incluída depois”, como conta o baterista, Felipe Dieder.

Mic 3D e síndrome superada

De início, os músicos pensaram em dispensar a figura de um produtor no estúdio, mas conhecedores dos métodos de Tadeu, optaram por traze-lo a bordo do projeto: “Ele não é um cara que aperta o REC e pronto. Ele se envolve. E mesmo que você discorde da orientação dele, sua postura é sempre tranquila. Então a relação é sempre saudável”, elogia Dieder.

“Ele colocou um microfone ambiente  no meio da sala de gravação, que, segundo ele, dava uma qualidade mais 3D no som. Olha, eu nem sei direito o que significa isso, mas ficou muito bom”, afirma, satisfeito.

Para ajudar a passar na temida prova do segundo álbum, a Maglore conta também com alguns aliados que participaram das gravações, como Aiace Félix (cantora da Sertanília), Diego Fox (Suinga), Nancy Viegas (Radiola), Stina Sia (cantora dinamarquesa residente em Salvador), Batata (percussionista da Baiana System) e o alagoano-catarinense Wado.

Dieder garante ser coisa do passado a temida síndrome de Los Hermanos, responsável pela aura “ame-a ou deixe-a” que marcou a banda no início.

“É, eu ouvi algumas queixas nesse sentido, até mesmo antes de entrar na banda, há um ano. Mas isso está superado. Não que não ouçamos mais Los Hermanos. É a banda-referência de nossa geração”, afirma.

“Mas esse segundo disco está bem diferente do primeiro. Até pela passagem do tempo. Boa parte das músicas novas foram compostas lá em São Paulo. A coisa toda soa mais heterogênea agora, com influencias bem distintas”, observa.

Mordaz como todo bom baterista de rock, Dieder se sai com uma boa reflexão sobre o ofício de músico independente: “O que eu acho é o seguinte: se for para fazer a mesma coisa a cada disco, é melhor parar. Se a gente estivesse ganhando dinheiro que nem cantora de axé, faríamos a mesma coisa todo ano. Não é o caso”, afirma.

Em São Paulo, a Maglore mixa e masteriza o novo disco com Fernando Sanches (Criolo, Tulipa). “Sai pelo Conexão Vivo para download gratuito, em abril. E em junho, o CD físico já deve estar nas lojas”, conclui.

2 comentários:

Emmanuel Mirdad disse...

Torço muito pela Maglore, rapaziada gosta e sabe trabalhar.

Emmanuel Mirdad disse...

Aproveitando: Chicão, fiz uma seleta das 10 melhores HQs que a revista piauí publicou entre 2007-2012.

Confere aqui: http://elmirdad.blogspot.com.br/2013/03/melhores-da-revista-piaui-hq-2007-2012.html

Coisa finíssima de Laerte, Caco Galhardo, Allan Sieber, Joe Sacco e Angeli.

Abraço e enjoy it!